quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

JARDIM E BASÍLICA DA ESTRELA

Escolhi o Jardim da Estrela e a Basílica da Estrela.

Ambos para mim foram muito importantes e marcantes. O Jardim da Estrela diga que era para mim as férias de um sonho e de qualquer adolescente. Nos fins-de-semana os Patos, as carpas do lago deliciavam-se com o comer que algumas famílias levavam, também o jardim dispõe de um café e de belíssimos canteiros, onde um dos pontos centrais do jardim é o coreto verde ferro forjado, era um dos sítios mais preenchido nos meses do verão com músicos, também possui dois parques infantis, um quiosque da biblioteca municipal e um miradouro. Os meus tempos livres eram todos passados no jardim. Aliás eu tinha que ter boas notas escolares para que os meus pais deixarem ir brincar no jardim. No jardim apreendi a jogar a bola, conviver melhor com muitos jovens de todas classes e etnia, onde fumei o meu primeiro cigarro, pela primeira vez andei à pendura de um eléctrico, a minha primeira paixão e onde tive oportunidade de dar o meu primeiro beijo, também tive algum momento menos positivo, foi quando parti a perna a jogar a bola.
A Basílica da Estrela era de facto um componente forte, porque frequentava a catequese nas traseiras da Igreja e aos fins-de-semana acompanhava-mos o Sr. Padre a dar a missa do meio-dia aos domingos. Era o fruto do homem de acreditar em algo que o transcenda, de lhe dedicar a sua devoção, seja qual for o seu “Deus”, aquele ergue capelas, igrejas, catedrais, em suma lugares de culto onde instintivamente sussurramos, onde homens e mulheres meditam, onde matéria e espírito se misturam dotando aqueles espaços dum misticismo arrebatador. Lembro-me com nostalgia os bons momentos e maus da minha infância.

Mosteiros de Jerónimo, Torre de Belém, Basílica da Estrela, Castelo de S. Jorge